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segunda-feira, 14 de novembro de 2011

juizo

dentre muitos anos
a vida se dilui em segundos,
escada, subida,
descida deslizante;
nos anais, registros banais
frases triviais.
levadas a sério
rompimento severo
luzes perdendo energia
tênues cordões desatando
parecendo dizer adeus.
haverá volta?
cortinas de desentendimento estendem-se no horizonte.

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Do que podemos falar?
de beleza que passa nas calçadas
enfeitadas com rímel, cremes, batons. sombra e silicone?
Do alto do salto, um sorriso que não se mostra
uma solidão que se amostra
ou um anel escondido na bolsa.
olhos negros, azuis, verdes,
lagrimas brancas
nas peles brancas, negras, amarelas e vermelhas:
o amor não têm tom
o sofrimento não escolhe a pele
doi exatamente do mesmo jeito em todos,
só a felicidade parece ter mil e uma cores
e não desfila nas calçadas, nem está ao alcance da beleza

segunda-feira, 7 de março de 2011

fim de festa


quadro Miguel S.Zanirato


Ao meio dia
o sol se alinha com meu tédio
acaso alguém tem alguma coisa com isso?
quem se importa
que as mulheres amem
e os homens prefiram sexo?
quem se importa?
O que se avizinha,
me parece, que há mais solidão
entre um e outro do que possa crer nossa vâ filosofia
A gente rala na performance
e elas rolam cada vez mais no coração.
Haverá príncipe encantado?
quando se tem 15 anos, sempre há de tudo.
O problema são os anos,
que devolvem a visão, os pés no chão,
e a solteirice, cada dia mais notória.
Então ai vem a
produção independente,
e se escapa deveras
da velhice abandonada.